segunda-feira, 30 de junho de 2008

A Ordem e a Divisão

Vi semana passada o aclamado filme "Control" que conta como foi a virada (de sucesso) da banda Joy Division e a morte de seu lider Ian Curtis.
O filme foi baseado no livro Touching From a Distance da viúva de Ian, Deborah Curtis e mostra a difícil relação com sua mulher, filha, amante e música, resultado disso tudo.
O filme é bom. O diretor de primeira viagem, Anton Corbijn (que antes só havia dirigido videoclipes) acerta a mão na fotografia preto e branco e nos enquadramentos. Mas talvez exatamente por isso, o filme tenha poucas alterações de ritmo. Isso afeta no tempo psicológico do filme. Parece mais longo do que é. Outro "pecado" seria de ordem mais técnica. Há uma certa dificuldade de foco da câmera.
Isso no entanto não denuncia o filme, é na verdade um documetno sobre uma das bandas mais influentes da década de 80.
O mais interessante no caso do Joy Division não é a sua história em si e sim a história que veio depois deles. Além de ter influenciado várias bandas de vários estilos que viriam na década seguinte, influenciou a eles próprios na formação seguinte.
A guitarra inconfundível de Peter Hook e a bateria de um obcecado Rob Gretton estão lá, com todas as letras ou quadros, se preferir. Bernard Sumner aparece meio apagado, mas é indiscutível sua característica de lider. Um New Order quase nascendo e junto com ele, um legado para o rock e para a música eletrônica.
Bela diversão pra quem viveu ou viu passar a década "perdida".

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